A população brasileira está entre as mais estressadas do mundo. Uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association (Isma) coloca o país na segunda colocação, com alta prevalência de estresse entre os trabalhadores, ficando somente atrás do Japão. O estresse é uma reação natural do organismo que ocorre quando vivenciamos uma situação de perigo ou ameaça e, embora não seja propriamente considerado uma doença, pode desencadear alguns problemas de saúde, como dores e tensão muscular, insônia, agitação, cansaço excessivo, irritabilidade, entre outros.
O que pouca gente sabe é que os olhos podem dar alguns sinais do estresse. Um sintoma bem comum e que pode ser considerado um alerta, são os tremores e espasmos involuntários de pálpebras, chamados de “mioquimia das pálpebras”. Ao contrário do que se imagina, esses sinais e sintomas poucas vezes têm relação com doenças oculares e, na grande maioria, estão relacionados ao estresse, a altos níveis de ansiedade, a fadiga, ao excesso de trabalho ou, ainda, a falta de sono.
Dores de cabeça, sensação de vista cansada, visão turva, coceira e ardência, ressecamento dos olhos, também são sinais de alerta. Eles podem aparecer tanto em pessoas com altos níveis de estresse, quanto em pacientes com um quadro de fadiga ocular, popularmente conhecida como vista cansada. A fadiga ocular é resultado de um esforço excessivo dos olhos ao realizar uma atividade por horas seguidas como ler, dirigir ou ficar concentrado em aparelhos eletrônicos como celulares e computadores.
Para quem já tem algum tipo de ametropia, erro da refração ocular que dificulta a nitidez da imagem, como miopia, hipermetropia ou astigmatismo, os cuidados devem ser redobrados, com acompanhamento médico regular. Em caso de dúvidas sobre os sinais e sintomas apresentados, a recomendação é sempre consultar um médico oftalmologista, que é o profissional habilitado para esclarecer todas as dúvidas sobre a saúde ocular e recomendar o melhor tratamento.
Por: Dra. Adriana Isabel Coelho